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Rede Hoteleira terá que se adaptar as normas de acessibilidade.






Toda a rede hoteleira do Brasil precisará apresentar um projeto completo de adaptação às normas de acessibilidade, e o prazo era até o dia 15 de janeiro de 2011. A Lei nº 10.098/00 estabelece regras gerais para promover o melhor acesso a locais e serviços por parte de pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida. Em relação aos hotéis, a preocupação vai desde o acesso ao prédio, altura dos balcões, passando por espaço nos quatros, mobiliário e sinalização.
Em Chapecó, 13 hotéis se reuniram em dezembro de 2010, com o promotor de justiça curador da cidadania da Comarca de Chapecó, Marcelo Gomes da Silva, para definir as ações necessárias para que a rede hoteleira do município consiga se adaptar. Segundo Silva, “o objetivo da Promotoria de Justiça é que os estabelecimentos saiam de uma situação irregular e possam, bem em breve, receber dignamente as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida”, considera.
No Eston Hotel, em Chapecó, o responsável pelo setor financeiro, Gustavo Giacomazzi Gisi, revela que mesmo que o estabelecimento consiga se adaptar às normas, a transformação não será fácil. “Tentaremos atender a totalidade da nova Lei, mas existem pontos difíceis de serem atendidos. Se for o caso, entraremos em contato com a promotoria novamente para tentar negociar”, destaca. Gustavo diz que o hotel já possui algumas adaptações, como a altura dos botões dos elevadores, rampa e largura dos corredores.
Para o funcionário, alguns hotéis de Chapecó não conseguirão cumprir a Lei. “A maioria dos hotéis de Chapecó são antigos, e muitos deles não têm recursos para efetuar reformas tão amplas”, considera. Por enquanto, os estabelecimentos estão em fase de planejamento e, no Eston Hoptel, ainda não há previsão de investimento.
Há 11 anos em Chapecó, O Hotel Lang Palace já possui algumas exigências atendidas, porém, segundo a gerente geral Daniela Lang, “o Hotel está em reforma e, em breve, passará por transformações que vão atender, inclusive, às normas de acessibilidade”, destaca. Segundo ela, a nova Lei possui especificidades que serão difíceis de serem implantadas a princípio, porém, de maneira geral, é possível promover as adaptações. “Já possuímos 2% dos apartamentos adaptados, como prevê a Lei, e nosso corredores, além do acesso ao hotel, são preparados para a circulação de cadeiras de rodas. Logo nossa recepção estará renovada e nossas salas de eventos terão banheiros adaptados também”, explica a gerente.
Segundo Daniela, o Hotel fará o que for necessário para se adaptar à norma, porém, são poucos os hóspedes que necessitam de estrutura e serviços especiais. “A procura ainda é muito baixa. Em 11 anos, lembro de três ou quatro hóspedes com necessidades especiais”, conta.
Tipos de barreiras
Existem diversas barreiras que podem dificultar a vida de possui alguma deficiência ou mobilidade reduzida por tempo indeterminado ou não. As barreiras físicas são aquelas que impedem as pessoas com deficiência de acessarem um determinado locla, como escadas, portas estreitas, elevadores sem controles em Braille, portas automáticas sem sinalização visual para deficientes auditivos entre outras. Já as barreiras sistêmicas são relacionadas a políticas formais e informais, por exemplo, escolas que não oferecem apoio em sala de aula para alunos com deficiência ou bancos que não disponibilizam de tratamento adequado para tais pessoas. As barreiras atitudinais nada mais são do que o preconceito, estigmas e estereótipos criados sobre pessoas com deficiência, como a discriminação.

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