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Ensino inclusivo beneficia crianças especiais.


Interação com os outros alunos tem efeitos terapêuticos para crianças com necessidades educacionais especiais.
Marcos Santos/USP ImagensAula de ensino fundamental na Escola Estadual de Primeiro Grau Professora Clorinda Dante


Segundo a pesquisa, crianças percebem quando o aluno especial fica incomodado com alguma coisa
São Paulo - A inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais no ensino regular pode proporcionar muitos benefícios. Entre eles, efeitos terapêuticos decorrentes diretamente da interação do aluno especial com as outras crianças. Foi isso que constatou a professora universitária Mônica Maria Farid Rahme em seu doutorado pela Faculdade de Educação (FE) na USP.
A pesquisa intitulada Laço social e educação: um estudo sobre os efeitos do encontro com o outro no contexto escolar recebeu o Prêmio Capes de Teses 2011, da área de Educação, e foi realizada sob a orientação da professora da FE, Leny Magalhaes Mrech.
Mônica realizou seu estudo em uma escola pública integral de Belo Horizonte, em Minas Gerais, que tem uma proposta de trabalho diferenciada, tanto de inserção de alunos com necessidades educacionais especiais como também no que se refere ao trabalho com temas relacionados ao pertencimento étnico-racial, gênero e sexualidade.
A análise foi realizada a partir de um estudo de caso com um garoto com necessidades especiais e teve como inspiração as discussões realizadas por pesquisadores brasileiros do campo Psicanálise e Educação, como sua própria orientadora, além dos professores da USP, Cristina Kupfer (Instituto de Psicologia) e Rinaldo Voltolini (Faculdade de Educação).
O aluno especial tinha 4 anos quando começou a frequentar a escola, mas seu comportamento era de uma criança de idade ainda menor: ele não comia nem andava sozinho. “Isso acontecia porque era uma criança cujo funcionamento na época era bastante diferenciado das outras. Seu corpo era sem tônus e ele não conseguia desempenhar atividades simples, como se alimentar ou ir sozinho ao banheiro”, explica.

Fonte: Exame

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