Pular para o conteúdo principal

Paralímpicas comparam dificuldades diárias em Londres e no Rio


Londres irá receber atletas deficientes de todo mundo nesta semana, quando começam os Jogos Paralímpicos, a partir de quarta-feira. A reportagem acompanhou a rotina de duas atletas, uma da Grã-Bretanha e outra do Brasil, e viu de perto os desafios enfrentados dentro e fora das quadras.
Louise Hunt é inglesa, tem 21 anos e irá participar das competições de tênis de cadeira de rodas. Ana Paula Alves é brasileira, tem 40 anos e integra a seleção do Brasil de vôlei sentado.
Londres 2012
A cidade que irá sediar as competições tem 8.500 ônibus adaptados para cadeirantes, e cada parada é anunciada em voz alta, assim como o ponto final, para que deficientes visuais possam acompanhar o trajeto.
No entanto, 80% do metrô londrino não é adaptado, de acordo com a ONG Transport for All (Transporte para todos). Alto-falantes anunciam as paradas, mas as estações geralmente têm acessos por escadas e degraus, o que inviabiliza a mobilidade de cadeirantes.
Além disso, o vão entre o vagão e a plataforma costuma ser uma barreira difícil de transpor para as cadeiras de rodas. Durante a Paralimpíada serão colocadas rampas móveis de embarque em 16 estações para resolver o problema, mas ainda não está claro se essas rampas irão permanecer ali depois dos jogos.
Os "black cabs" (táxis pretos), como são chamados em Londres, são adaptados para receber deficientes e cadeirantes, inclusive com rampas de acesso para a entrada nos carros.
As calçadas londrinas são, na maioria, bem conservadas e adaptadas para cadeirantes e com rampas nos pontos de cruzamento. Um programa do governo disponibiliza carros novos e já adaptados para portadores de deficiências a preços acessíveis. Dependendo do valor do automóvel, ele é coberto pela bolsa mensal recebida pelo deficiente.
Rio 2016
Na sede dos jogos de 2016, projetos individuais começam a surgir, mas, em geral, muitas ONGs e especialistas no assunto reclamam do acesso para portadores de deficiência.
Os meio-fios são altos; as calçadas mal conservadas e faltam rampas de acesso por toda a cidade. A prefeitura tem realizado obras para adaptar o Rio de Janeiro. O projeto "calçada lisa" promete trazer acessibilidade para 700 mil metros de pavimentos, até 2016.
Os táxis, em sua grande maioria, não são adaptados, embora haja empresas que, com carros maiores, se especializaram no transporte de cadeirantes.
Mais da metade da frota de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, tecnicamente, é adaptada para cadeira de rodas, e uma lei determina que todos os ônibus no Brasil têm de estar de acordo com os padrões de acessibilidade até 2014. No entanto, os cadeirantes constantemente reclamam de que o elevador está quebrado, ou de que os motoristas não sabem como operá-lo.
Se comparado com o restante da cidade, o metrô carioca é muito bem adaptado. Com marcas em braile para cegos e diversas rampas de acesso, os deficientes não costumam ter problema de circular nesse meio de transporte.
Projetos como o "Praia para todos" garantem acessibilidade no Rio de Janeiro, com esteiras que permitem a cadeirantes chegar até o meio da areia, cadeiras anfíbias para entrar na água e tendas de apoio. No entanto, o projeto é móvel e, no momento, não existem pontos fixos de acesso para cadeiras de rodas na praia neste momento.
Carros para deficientes físicos recebem um desconto de impostos de IPI, ICMS, IOF e IPVA. Os tributos no Brasil correspondem a cerca de 40% do valor do veículo.

Fonte: Terra

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Programa dá voz a quem nunca falou.

Camila Hallage, 27 anos, estica o braço para alcançar o tablet. Com dificuldade, controla a mão para tocá-lo. Ela segue na direção da carinha verde sorridente. Quando finalmente a jovem encosta na tela, uma voz feminina diz "Sim", e seu rosto se abre em sorriso muito maior que o do desenho. Assim Camila responde que está feliz de poder ganhar voz, algo que nunca teve. Quem proporcionou essa mudança na vida da jovem, que teve paralisia cerebral ocasionada por problemas ainda no útero da mãe, foi o Livox ­- Liberdade em Voz Alta, programa para tablets criado pelo analista de sistemas pernambucano Carlos Pereira, 34 anos. A inspiradora de Carlos, sua filha Clara, de 5 anos, também teve paralisia cerebral por conta de falta de oxigênio no cérebro no momento do parto. Há dois anos, Pereira começou a desenvolver o programa, inspirado em sistemas que viu nos Estados Unidos. "Como nenhuma empresa das que procurei se interessou em desenvolver a tecnologia em Português, fu

Oportunidade de Emprego - AME

BANCO MULTINACIONAL contrata PESSOAS COM DEFICIÊNCIA para trabalhar como CAIXA nas cidades: Rio de Janeiro, Pouso Alegre, Varginha, Sorocaba, Salvador, São Paulo, Uberlândia, Brasília e Belo Horizonte. ASSISTENTE COMERCIAL: Aracaju, Feira de Santana, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, São Luis, Teresina, São Paulo e Baixada Fluminense. Média salarial: R$ 2.000,00 + benefícios. Enviar CURRÍCULO e LAUDO MÉDICO para curriculo@ame-sp.org.br Fonte: AME  www.ame-sp.org.br Abraços, Equipe Happy Life (011) 2506-3440 E-mail: happylife@terra.com.br

Museu recebe projeto de acessibilidade

O Museu Histórico Pedagógico Índia Vanuíre, instituição da Secretaria de Estado da Cultura administrada em parceria com a Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (ACAM Portinari), tem o prazer de apresentar o seu novo Programa de Acessibilidade, implantado na exposição de longa duração “Tupã Plural”. O objetivo dos materiais é ampliar a participação e compreensão dos conteúdos, principalmente para os públicos com deficiências, sejam elas visuais, auditivas, físicas e intelectuais. Elaborado pela museóloga e doutora pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Amanda Pinto da Fonseca Tojal, a ação inclui - em pontos estratégicos dos núcleos expositivos do museu – objetos multissensoriais, como maquetes, reproduções em relevo e réplicas de objetos etnológicos que poderão ser apreciados não somente de forma visual, mas também por meio da sensibilidade do toque e de outros sentidos. O investimento para a consolidação do programa, feito pelo G